quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Socialismo


Socialismo refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica advogando a propriedade pública ou coletiva e administração dos meios de produção e distribuição de bens e de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos com um método mais igualitário de compensação.

Autores do socialismo utópico:
* Charles Fourier – Idealizou a construção de “falanstérios”, onde proprietários, operários e capitalistas colocariam a propriedade e a força de trabalho sob posse e usufruto comum a todos;
* Robert Owen – Proprietário de várias fábricas construiu casas para seus funcionários, concedeu participação nos lucros da sua empresa, reduziu a jornada de trabalho para 10,5 horas, fundou escolas, e tinha a proposta de organizar a sociedade e m cooperativas de operários. Ficou reconhecido como um “patrão esclarecido”;
* Louis Blanc – Segundo Blanc, o Estado deveria interferir na economia e na sociedade. Planejava criar oficinas nacionais para associar trabalhadores sem a concorrência de empresas;
* Saint-Simon – O conde Saint-Simon desejava planificar a economia e beneficiar as classes trabalhadoras focando a indústria a atender os mais pobres.
Socialismo científico ou marxista
Contra as idéias utópicas, Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) escreveram a teoria socialista, buscavam estudar primeiro o capitalismo em suas origens, a sua acumulação de capital e produção sob os aspectos de suas contradições. Enquanto que os utópicos estudaram somente a idealização da sociedade perfeita. Segundo Marx e Engels, o socialismo seria uma etapa intermediária entre o capitalismo e o comunismo.
Socialismo nos dias atuais
Depois da queda do muro de Berlim e da dissolução da URSS, os países comunistas foram pouco a pouco se dissociando de suas políticas e governos de “bandeira vermelha”, as economias planificadas consideradas, até a década de 80, de segundo mundo, passaram a ser elaboradas em estudos geográficos e conjunturais como economias de transição, ou seja, tiveram que abrir o mercado, antes estatizado, para a participação da iniciativa privada, durante uma década de 90 marcada pelos emblemas do neoliberalismo, que defendia a inexistência de propriedades e produção estatal.
A China é um raro exemplo de país que manteve base políticas comunistas, mas que abriu o seu mercado com vigoroso sucesso, enquanto que países como Cuba e Coréia do Norte fizeram um processo de abertura muito tímido. Por outro lado, entre o século XX e os anos 2000, percebeu-se um aprofundamento de valores sociais em toda sociedade global, idéias e ações socialistas foram sendo anexadas aos países capitalistas através de conquistas trabalhistas e exigências que surgiram entre situação demográfica e traços sócio-econômicos. Podemos dizer em pleno século XXI, que não há economia sem ações sociais que invistam no ser humano, e socialismo perfeito sem mercado.

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